O
Unicórnio Chinês
Unicórnio
em chinês ( k’i lin ) também é um animal sagrado para os
chineses e este é bem diferente do unicórnio ocidental. O nosso
unicórnio tem corpo de veado, cabeça de cavalo, cauda de leão e um
chifre na testa. O unicórnio chinês tem corpo de veado, mas cabeça
de dragão, corpo escamado, verde, tem chifres como os de veado, mais
feitos de carne.
Vê-lo
significa um bom pressagio, mata-lo ou ver seu cadáver é péssimo
pressagio. Diz –se que a mão de Confúcio, enquanto o gestava viu
um animal destes, e que mais tarde o filósofo viu um unicórnio
morto por caçadores e chorou, pois além de saber que era um sinal
de mau agouro, em seu chifre estava uma fita – a fita que sua
própria mãe amarrara.
Uma
lenda sobre raposa
Na
China a muitas lendas sobre raposas, hoje vamos descrever sobre uma
delas.
"Wang
viu duas raposas paradas nas patas traseiras e apoiadas a uma arvore.
Uma delas tinha na mão um folha de papel e riam como se
compartilhando um gracejo. Tentou espanta-las, mas se mantiveram
firmes, então ele disparou contra a que segurava o papel. Feriu-a no
olho e levou consigo o papel.
Na
estalagem contou aos outros hóspedes a sua aventura. Enquanto
falava, um cavalheiro entrou, e observou que tinha um olho ferido.
Escutou com interesse o relato de Wang e pediu que lhe mostrasse o
papel. Wang já ia mostra-lo quando o estalajadeiro notou que o recém
chegado tinha cauda. "É uma raposa!" gritou., e
imediatamente o cavalheiro se transformou no animal e fugiu.
As
raposas tentaram varias vezes recuperar o papel, que estava coberto
de caracteres indecifráveis, porém fracassaram. Wang resolveu
voltar à sua casa, no caminho encontrou-se com toda a sua família,
que se dirigia à capital. Disseram que ele lhes havia ordenado essa
viagem, e sua mãe mostrou a carta em que lhe pedia que vendesse
todas as propriedades e se reunisse a ele na capital. Wang examinou a
carta e viu que era uma folha em branco, embora já não tivesse teto
que os abrigasse, Wang ordenou: "Regressemos." Um dia
apareceu um irmão mais jovem , que todos haviam dado por morto.
Perguntou pelas desgraças da família e Wang contou-lhe toda a
história. "Ah!" disse o irmão quando Wang chegou à sua
aventura com as raposas, "aí esta a raiz de todo o mal."
Wang mostrou o documento. Arrancando o de suas mãos, seu irmão o
guardou com presteza. "Finalmente recuperei o que procurava",
exclamou , e, transformando-se numa raposa partiu!
"certa
lenda chinesa conta que estavam duas crianças patinando em cima de
um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças
brincavam sem preocupação. De repente , o gelo se quebrou e uma das
crianças caiu na água.
A
outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo,
pegou . . .
uma pedra e começou a
golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar o
amigo. Suas mãos estavam feridas e doía muito todo o seu corpo.
Quando
os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao
menino:
-
Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha
quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!
Nesse
instante apareceu um ancião e disse:
-
Eu sei como ele conseguiu.
Todos
olharam para ele aguardando a resposta. O ancião então respondeu:
-
Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não era
capaz."
Kuan
Kun
Kuankun,
Kwuankun, Kuan Yü, Guanyun ou Kuan Ti – Divindade protetora das
academias ou Associações de artes marciais ( enfoque especifico ),
dos negócios e de tudo que envolva retidão justiça e coragem. Se
enquadra na categoria dos personagens históricos que, por seus atos
e pelo reflexo destes sobre o imaginário popular, acabaram
transformados em divindades. É um dos personagens mais queridos do
folclore Chinês, o que faz com que seja um dos mitos mais ricos em
lendas, histórias e até escritos e peças teatrais.
Kuankun
é o mais conhecidos dos heróis do chamado período ou Era dos
reinos combatentes ( período histórico situado entre 453 e 221 a .
c. , quando os reinos de Wei, Wu e Shu, Chi, Yueh e Chin disputaram a
supremacia do velho império – o nome China teria nascido de Chin o
reino vencedor); teria vivido entre 160 e 219 a . c.
Entre
as histórias que lhe são atribuídas está a que afirma que ele
teria sido um rapaz comum do campo que teve de fugir de casa depois
de salvar uma garota das mãos de um magistrado cruel. Ele matou o
magistrados e, para fugir, ingressou no exército de um dos reinos da
China. Outra lenda narra seu encontro com Chang Fei e Liu Pei, do
reino Shu, com quem formaria uma das mais importantes trincas de
heróis divinizados da antiga China. A caminho da conscrição,
Kuankun teria encontrado Chang Fei, um açougueiro que desafiava
qualquer pessoa a erguer do chão uma pedra de 180 Kg .
Sob
o qual estava um grande pedaço de carne. Até então ninguém havia
vencido. Aceitando o desafio, Kuankun ergueu a pedra e se apoderou da
carne, provocando a ira de Chang Fei. Os dois começaram uma briga
violentíssima, que só foi encerrada com a intervenção de Liu Pei.
Mais tranqüilos, perceberam que tinham muitas coisas em comum e se
tornaram amigos. Em um campo de pessegueiros, os três fizeram um
juramento de amizade pelo qual se obrigavam a viver e morrer juntos.
( para muitos chineses, este acordo é um exemplo de ideal de
amizade).
Como
soldado, venceu muitas batalhas até ser capturado pelo rei Wu Sun
Chíuan. Por não se render, foi condenado à morte e executado na
localidade de Hsiangyang, em Hupei. A tumba contendo seu corpo
estaria localizada em Tangyang e sua cabeça teria sido sepultada em
Loyang ( Henan ), uma localidade situada ao lado do mosteiro de
Shaolin.
Sua
arma o Kuan Tao ( Kuan To ou Ka Wan Tou ) – "espada de Kuan"
faz parte do universo de armas do Kung Fu, sendo praticada na forma
de rotina ( Katy ) em vários estilos ( inclusive no Shaolin do Norte
). O nome da arma segundo a lenda é "Dragão Verde".
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS:
As
lendas mostram esta transformação de homem comum em divindade:
segundo o folclore Kuan Kun teria 2,70 metros de altura e uma barba
de 60 cm ; a face seria vermelha "como uma jujuba", seus
olhos semelhantes a de uma fênix e suas sobrancelhas, semelhantes a
minhocas. Nos templos muitas vezes é representado junto com seu
cavalo "Lebre Vermelha" ou, então, cercado por seus
auxiliares, o filho adotivo Kuan P’ing e o seu escudeiro Chou
T’sang.
Uma
das lendas relacionadas a Kuankun afirma que ele teria sido fecundado
por uma divindade solar e que sua mãe, ao invés de ter um parto
normal, teria botado um ovo. O marido, com medo do que pudesse sair
do ovo e furioso com o filho que, ele desconfiava, não era seu,
tentou destruí-lo quebrando a casca antes que eclodisse. O menino lá
dentro estava quase que totalmente formado, a não ser pela face (
ainda vermelha). Mesmo tendo vindo ao mundo antes do tempo, o garoto
sobreviveu e cresceu, vindo a se tornar um herói. Não perdeu,
porém, o rosto vermelho, fruto da ira de seu pai.
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