Muitos
confundem obsessão com possessão. Entretanto, é preciso que não
se confunda uma situação com a outra. Para o espiritismo tratam-se
de coisas diversas e que foram estudadas por Kardec. Segundo o
escritor espírita Marcos Milani "Obsessão é a ação
persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diferentes, desde a simples influência
moral sem sinais exteriores sensíveis, até a perturbação completa
do organismo e das faculdades mentais".
Já
a possessão é a ação que um Espírito exerce sobre um indivíduo
encarnado, substituindo-o temporariamente em seu próprio corpo
material. Esta acção não é permanente, nem integral,
considerando-se que a união molecular do perispírito ao corpo
opera-se somente no momento da concepção".
Muitos
médiuns incorporam espíritos que possuem o corpo para se expressar.
Essa posse do corpo pode ser feita por um espírito inferior com
objectivos escusos e prejudiciais, como também por um espírito bom
e iluminado, que usa o corpo do médium para transmitir ensinamentos
e realizar outros actos louváveis.
Segundo
Allan Kardec:
"A
obsessão é sempre o resultado da actuação de um Espírito
malfeitor. A possessão pode ser o feito de um bom Espírito que quer
falar e, para dar mais impressão sobre os seus ouvintes, toma
emprestado o corpo de um encarnado, que este lhe cede voluntariamente
como se empresta uma roupa. Isto faz-se sem nenhuma perturbação ou
incômodo e durante este processo, o Espírito encontra-se em
liberdade como num estado de emancipação e conserva-se
frequentemente ao lado de seu substituto para o ouvir".
Resumidamente,
a possessão pode ser realizada por espíritos bons e maus, ao
passo que a obssessão é sempre obra de espíritos
inferiores, que podem levar o obsediado a situações críticas tanto
do ponto de vista físico como do mental.
O
que é Possessão?
Em
a Gênese, Kardec faz referência à obsessão e à possessão.
Ele diz que, na obsessão, o espírito actua exteriormente
por meio de seu períspirito, que ele identifica com o do encarnado;
este último encontra-se, então, enlaçado como numa teia e é
constrangido a agir contra a sua vontade.
Na
possessão, em vez de agir exteriormente, o espírito livre
substitui-se, por assim dizer, ao espírito encarnado; faz domicílio
no seu corpo, sem que todavia este o deixe definitivamente, o que só
pode ter lugar na morte.
A
possessão é sempre temporária e intermitente, esclarece
Kardec, pois um espírito desencarnado não pode tomar
definitivamente conta do lugar de um encarnado, dado que a união
molecular do períspirito e do corpo não pode operar-se senão no
momento da concepção.
O
espírito em possessão momentânea do corpo serve-se dele
como se fosse o seu próprio corpo; fala pela sua sua boca, vê
através dos seus olhos, age com os seus braços, como o teria feito
se fosse vivo. Não é como na mediunidade falante, na qual o
espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um espírito
desencarnado; é este último que fala e que se agita.
A
possessão pode ser o feito de um bom espírito que quer falar
e, para fazer mais impressão sobre os seus ouvintes, toma emprestado
o corpo de um encarnado, que lhe cede voluntariamente, tal como se
empresta uma roupa. Isso faz-se sem nenhuma perturbação ou
incômodo, e durante esse tempo o espírito encontra-se em liberdade,
como no estado de emancipação, e com mais frequência conserva-se
ao lado de seu substituto para ouvir.
Já
quando o espírito possessor é mau, as coisas passam-se de
outro modo; ele não toma emprestado o corpo, mas apodera-se dele,
caso o titular não tenha força moral para resistir. Ele fá-lo por
maldade dirigida contra o possesso, a quem tortura e martiriza por
todas as maneiras até fazê-lo perecer.
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