A
sexualidade pode ser considerada o factor mais sublime no
desenvolvimento de qualquer indivíduo, é uma forma de comunicação
entre dois seres, onde se unem e completam-se em todos os sentidos.
O acto sexual envolve
relacionamento não apenas físico, mas também subtil. Aproxima-nos
da verdadeira natureza, serve como um portal para o contato directo
com o SER interno.
Apesar de sermos de instinto
animal, temos a capacidade de raciocínio, controle, o que nos
diferencia de outros animais. O sexo não é apenas a manifestação
dos nossos desejos e impulsos.
O instinto animal não pode
transformar o homem num ser compulsivo. O que desperta a ansiedade
sexual é a forma que recebemos a educação e criamos a nossa
identidade sexual.
A personalidade do indivíduo está
intimamente relacionada à sua sexualidade, porém, há
comportamentos sexuais herdados de nosso instinto, mas o que
predomina é a identidade sexual que desenvolvemos na sociedade.
O comportamento sexual é muito
variável de pessoa a pessoa, vários factores têm influências
decisivas na criação da identidade sexual, dentro deles, os
condicionamentos psíquicos do EGO na infância, a forma que vimos e
que nos relacionámos com os nossos pregonitores, a precocidade do
incentivo pelo sexo, divulgado pelos meios de comunicação T.V. e
publicidades, entre outros factores; são os agentes responsáveis
que corrompem o natural desenvolvimento da sexualidade.
Hoje as crianças não têm
infância, brincam a maquiar-se e a usar roupas sensuais para imitar
algum artista de T.V. É uma prova que desde cedo estamos a
prepararmos-nos para uma conduta sexual influenciada pelos média.
O sistema estimula o “ego”, a
praticar o sexo para satisfazer os desejos e impulsos, visa ao prazer
físico ou á reprodução somente, fazendo-nos acreditar que essas
são as reais funções do sexo.
O instinto deixa de ser uma
manifestação primária, e o raciocínio fica viciado nas fantasias
de prazeres sexuais. É preciso ficar claro que instinto sexual, nada
tem a ver com uma estimulação sexual provinda de fantasias da
mente.
Devemos superar os aspectos
instintivos da nossa natureza, mas o EGO também controla o nosso
instinto, é obcecado pela sexualidade mundana, olha para todos como
se fossem parceiros em potencial, não se importa com a plenitude do
casal, simplesmente quer prazer e pronto! Perde o controlo, não se
sente satisfeito num relacionamento sadio, sofre as influências da
sociedade, que cria padrões e conceitos de beleza prometendo
prazeres incomparáveis.
Criamos fantasias e complexos, o
que nos faz desenvolver uma sexualidade artificial e mecânica,
correndo o risco real de nos relacionarmos por interesses materiais
ou sexuais.
Dessa forma, desequilibramos o
centro sexual e ficamos apegados a auto-satisfação, tratando-nos
uns aos outros como simples objectos de prazer.
O modo como praticamos o sexo
actualmente é o resultado da imitação dos comportamentos
divulgados ( nas telenovelas, filmes, revistas, livros, internet,
etc. ) Isso impossibilita o ser, de ter o seu próprio conhecimento
sexual, desviando-o da sua naturalidade.
Com a mente condicionada ao prazer
físico, a frustração sexual é a primeira consequência, pois o
indivíduo nunca alcança as expectativas desejadas pelas suas
fantasia, aumentando a insatisfação e necessitando de outros
recursos para obter prazer.
O sistema aproveita esta perda de
sensibilidade, vendendo os produtos de estímulos sexuais (objectos,
filmes, comprimidos, excitantes, etc.), lucrando com o transtorno
criado nos indivíduos.
O corpo é perfeito para a
construção e regeneração humana, esta nossa máquina tem uma
ordem inteligente, onde cada órgão possui uma função genética
específica (sabedoria natural), mas algumas pessoas que não tem
essa consciência, não respeitam o seu próprio corpo e utilizam os
órgãos como fonte de obter sensações, adulterando as funções
naturais. O ânus, por exemplo, por onde são eliminadas as fezes e
os gases intestinais não está biologicamente criado para fins
sexuais, porém, há casais que adoptam essas e outras práticas
anti-naturais e degenerativas, forçando o próprio corpo a
adaptar-se sob o efeito desesperado do prazer sexual.
Acrescente-se a isso, os altos
índices de desarmonia conjugal, masculina e feminina, os crescentes
números de operações para mudança de sexo, o uso indiscriminado
de anticoncepcionais, e não é de assustar que a AIDS e outras
moléstias sexualmente transmissíveis estejam a dizimar a população,
principalmente os jovens, devido à falta de consciência, perda do
domínio instintivo e o desconhecimento da energia sexual.
••. A Energia Sexual.
Todo o nosso corpo precisa de energia, por isso, comemos, bebemos, dormimos etc. São vitalidades para o Ser. Toda essa energia se espalha pelo nosso corpo e a utilizamos para pensar, conversar ou fazer nossas actividades diárias. Uma grande parte das energias que possuímos, está concentrada no centro sexual.
No nosso próprio cérebro na Glândula Pituitária ou Hipófise, liberta as hormonas para a produção da testosterona, que é a principal hormona masculina. A testosterona transforma-se, alimentando e estimulando a produção de espermatozóides, nas células dos orgãos genitais, fonte da vida.
O sêmen e os óvulos, são os
responsáveis pela reprodução da nossa espécie, por isso,
concentra-se ali uma grande quantidade de nutrientes e vitalidade.
Sendo a energia da criação, fonte
geradora da vida, é ela que regenera e anima o nosso SER.
Quando os graus de consciências
são compatíveis, a energia sexual é encarregada de atrair os dois
seres para a união dos pólos da natureza, o masculino e o feminino
em busca de desenvolver um Ser pleno.
Se Gostou do que Leu, clique G+1
Sem comentários:
Publicar um comentário
GOSTOU COMENTE!
NÃO GOSTOU, COMENTE NA MESMA!