A
morte é a chave que desvenda o mistério aparente da vida. É pelo
entendimento da morte que compreendemos a vida, pois a morte é parte
do processo da vida, no sentido mais amplo. Em outro sentido, a vida
e a morte são as duas extremidades de um mesmo processo e se
entender o fim de um processo, também compreenderá o outro lado.
Assim, por entender o propósito da morte também entenderemos o
propósito da vida. É pela contemplação da morte, que amolecem os
corações mais duros, ligam-se uns aos outros com cordas de amor e
compaixão, e destroem-se as barreiras sociais, credo e raça entre
os povos.
A morte é um grande nivelador. O orgulho de nascimento,
o orgulho da posição social, o orgulho da riqueza, o orgulho do
poder, deve ceder ao pensamento de que todos nós somos consumidores
da inevitável morte. É pela contemplação da morte que ajudamos a
destruir a paixão do prazer sensorial. É pela contemplação da
morte que destruímos a vaidade. É pela contemplação da morte que
damos equilíbrio e um saudável senso de proporção às nossas
mentes altamente moldada com o seu equivocado senso de valores. A
plena consciência da morte não só purifica e refina a mente, mas
também tem o efeito de despojar a morte dos seus medos e terrores, e
de ajudar naquele momento solene em que estaremos ofegando para o
último suspiro, para enfrentar essa situação com firmeza e calma.
Assim nunca ficaremos assustados com a idéia da morte, porém
estaremos sempre preparados para isso...Devemos entender, que tudo
tem o seu ciclo. As coisas vivas e não vivas. Dou um exemplo, uma
planta é semeada cresce, dá a flôr, largará as sementes, se fôr
o caso dará o fruto, e logo que cumprido o seu objectivo ela
perecerá. A sua missão foi cumprida. Com os animais e pessoas
também se passa o mesmo. Até um objecto, terá o seu tempo próprio
de duração. Deveremos encarar assim a morte, como um processo
natural da vida. Tudo começa e tudo acaba, renovando o seu ciclo.
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