Jesus e os seus familiares pertenciam ao povo judeu. Também os seus Apóstolos. Sendo tão grande o património espiritual comum aos Cristãos e aos Judeus, deve existir um maior conhecimento entre ambos e uma estima mútua.
História
A história do Judaísmo começa com o chamado de Abraão, que por volta de 1850 a.C. deixou a Síria para se estabelecer na terra de Canaã, actual Israel. Com a morte de Abraão, Jacob e os seus 12 filhos emigraram para o Egipto à procura de melhores condições de vida e de pastagens para os animais. Com o passar do tempo, foram tratados como escravos e obrigados a construir cidades e silos para armazenagem do cereal.
A escravidão durou até 1300 ou 1200 a.C. quando, guiado por Moisés, o povo judeu conseguiu libertar-se e, passando através do Mar Vermelho, regressaram novamente a Canaã.
A história do povo Judeu é também uma história de diásporas, isto é, de exílios.
Entre 500 a.C. e 100 d.C., sucederam-se, em Israel, as dominações estrangeiras: primeiro os babilónicos, depois os persas, depois Alexandre Magno, os remos gregos, e por fim os Romanos. Nos séculos seguintes, a diáspora continuou cada vez mais intensa. Os livros da história recordam a expulsão dos Judeus de Espanha, em 1494 e o extermínio pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
Os
símbolos do Judaísmo
- O Muro das Lamentações – em Jerusalém, é o que resta do templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 d.C. Aqui os hebreus vêm rezar. É o único lugar sagrado de todo o Judaísmo.
- O Candelabro dos sete braços – A "Menorah" é o símbolo do Judaísmo. O 7 é para os Judeus o número da plenitude, da perfeição.
- A Sinagoga – É o lugar de oração, de estudo e de reunião.
- O Rabino – Os hebreus não têm sacerdotes. O Rabino é só um mestre, um guia espiritual para os fiéis na interpretação da Bíblia.
- O Sábado – É o dia semanal festivo dos judeus. Começa ao pôr-do-sol de Sexta-feira e vai até ao pôr-do-sol de Sábado. É um dia dedicado à oração e ao descanso.
A Estrela
de Davi ou Magen David
é o símbolo mais conhecido e divulgado do judaísmo. Em termos
literais, a estrela de Davi significa o escudo de Davi, daí o uso da
palavra hebraica magen.
Por volta
do século XIV, a expressão Magen
David foi associada aos
trabalhos cabalísticos. Alguns praticantes da cabala utilizavam a
estrela de Davi como amuleto para proteção contra espíritos
malignos e demônios, e divulgado especificamente na Europa da Idade
Média.o significado da estrela em cada uma de suas pontas: Criação,
Redenção e Revelação, Humanidade, o Mundo e Deus. Em 1897, foi
escolhida a Estrela de Davi como símbolo que, posteriormente, foi
colocado em definitivo na bandeira de Israel.De acordo com Gershom
Scholem, autor do livro
Jewish Messianism,
a santidade e a autenticidade de um símbolo vivo como a Estrela de
Davi ficam claros em momentos como os do holocausto, na segregação
e degradação, aniquilação, humilhação e horror vividos por
milhões de pessoas, que foram levadas às câmaras de gás vestidas
com a marca da Estrela de Davi em amarelo.
Com este
símbolo, os judeus foram assassinados e este mesmo símbolo, tem
representado o caminho da reunificação em Israel. E um símbolo,
uma marca, uma referência perpétua.
Etapas
importantes da vida de um Judeu
- A Circuncisão – Aos oito dias depois do nascimento, todo o rapaz hebreu é circuncisado e nesta altura é-lhe dado o nome. A circuncisão simboliza a Aliança entre Yavhé e Abraão.
- Aos treze anos, o rapaz hebreu torna-se membro da comunidade e, por isso, está sujeito aos direitos e aos deveres que a Bíblia lhe indica.
Vida
Religiosa
- O estudo da Torá é o principal dos deveres de um judeu. No livro da Lei estão contidas as 613 obrigações que todo o hebreu piedoso deve observar.
- Quando reza, o hebreu tem a cabeça coberta com o «Talith», um xaile com franjas brancas e pretas, e tem presos à testa e no braço direito as «filactérias», pequenas bolsas que contem orações da Torá escritos em pergaminho.
Livro
Sagrado
- O livro sagrado é a Bíblia. Corresponde ao Antigo Testamento dos cristãos, com poucas diferenças. A Torá contém os cinco primeiros livros atribuídos a Moisés (Livro da Lei).
Credo
- «Escuta, Israel, o Eterno é Um só»
Esta oração resume a fé hebraica: acredita na existência de um só Deus. O Judaísmo é uma religião fortemente monoteísta.
- A visão que o Judaísmo tem da vida é optimista, porque o Deus criou o homem livre e responsável. O cumprimento sem reservas das suas obrigações duras e rigorosas da Torá exprime a submissão humana a Deus e simboliza o respeito pela Aliança.
- Os hebreus esperam a vinda do Messias. Virá um tempo – «os dias do Messias» – em que reinarão a paz, a justiça e a fraternidade. Terminarão todas as formas de idolatria e o Eterno será Um e o Seu Nome será Um».
As
Festas (as festas principais)
- O dia do perdão – «Yom Kippur» – festa de jejum e de expiação. Cada judeu deve estender ao seu inimigo a mão da reconciliação, esquecendo as ofensas e pedindo desculpas.
- A festa da Páscoa – «Pessah» – recorda a saída do povo hebraico do Egipto, guiado por Moisés. Prolonga-se por oito dias.
- A festa do Pentecostes – «Shavuot» – recorda a Dom da Torá (Dez Mandamentos), dada por Deus a Moisés, no monte Sinai.
Curiosidades:
Chanucá – Festa das Luzes
Chanucá
ou Festival das Luzes é um ritual da cultura judaica, onde os judeus
colocam o Chanukiya //Menorá (candelabro de oito braços) na janela
de suas casas, de frente para rua. Essa celebração tem duração de
oito dias e começa sempre após o pôr-do-sol do 24º dia do mês
judaico de Kislev, ou seja, na noite do 25º dia.
Segundo a
tradição judaica, a primeira vela do candelabro (da extrema
direita) é acesa na primeira noite do 25º dia do mês judaico e
subsequentemente se acende as outras velas.
Nessa
celebração, os judeus (adultos e crianças) tem por hábito jogar
dreidel, jogo onde se usa um pião (sevivon).
Como
prémio, os participantes ganham guloseimas como o Sufganiot
(conhecido por nós como “sonhos”), o Levivot ou latkes (bolinhos
ou panquecas de batata) e nozes.

O Chanucá
ou Hanucá, é uma palavra de origem hebraica, significa “dedicação”
ou “inauguração”.
O
Festival de Chanucá foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos
para celebrar a vitória do pequeno exército judeu contra os
grego-sirios que nominavam a cidade de Jerusalém e praticavam
rituais de sacrificios de animais imundos (kasher) no altar do
Templo, dominado desde 167 a.C; além de terem erguido a imagem de
Zeus no altar do Templo.
O
primeiro dia do Chamucá, foi um dia de purificação do altar do
Templo de Jerusalém, profanado pela cultura helênica, onde os
judeus construíram novos objetos sagrados.
Quando
todo o Templo foi purificado, o candelabro (Chanukiya) foi aceso com
azeite puro de oliva pelos Macabeus. A quantidade de azeite existente
no Templo era suficiente apenas para um dia, mas milagrosamente durou
oito dias. Em comemoração a esse milagre, o Chanucá é uma festa
comemorada por oito dias e onde o povo judeu, com orgulho, enaltece o
triunfo de seus antepassados.
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