A
fitoterapia é um método terapêutico que utiliza as plantas, mais
exactamente, a parte activa das plantas. A sua origem é conhecida
desde tempos remotos. A arqueologia trouxe à luz recentemente textos
escritos há mais de 4000 anos, descrevendo as propriedades das
plantas medicinais. Como terapêutica empírica tradicional, as
plantas foram durante muito tempo o único tratamento posto pela
natureza ao serviço do homem. Este método terapêutico é ainda
muito utilizado na China. No Ocidente o uso das plantas caiu em
desuso, no entanto, nos últimos tempos volta-se a verificar um
crescente interesse nestes medicamentos. Isto deve-se aos avanços
que se verificaram na sua obtenção e modo de utilização, sendo
estes cada vez mais científicos e menos empíricos.
Os
medicamentos "clássicos" e "químicos", são
frequentemente colocados em oposição à fitoterapia. Existe,
contudo, lugar para cada um deles no arsenal terapêutico que
dispomos hoje em dia. Se, por um lado, É verdade que a farmácia
"clássica" ocupou durante quase um século um lugar de
destaque, com os excelentes resultados que ela permitiu obter em
numerosos domínios, por outro, ela foi, pouco a pouco, deixando
aparecer efeitos secundários indesejáveis, por vezes mesmo
nefastos, que incitam hoje em dia à prudência. Eis porque,
poderemos falar actualmente de dois tipos de medicamentos.
Os
medicamentos "de doença" cuja acção rápida e poderosa
ajuda a curar uma forte afecção momentânea e os medicamentos "de
saúde", resultantes da fitoterapia. O seu papel é propor
tratamentos para manutenção da saúde, cuja acção mais suave
ajudará a prevenir as doenças e a tratar os problemas crónicos,
tais como, a artrose ou insónia, por exemplo. Assim, a fitoterapia
age em profundidade, sem agredir o organismo e estimulando as defesas
mais do que se substituir a elas. O resultado é uma acção eficaz,
duradoura e sobretudo desprovida de efeitos secundários.
A
eficácia dos medicamentos de fitoterapia assenta antes de mais na
escolha das plantas que entram na sua composição e sobretudo em
saber escolher com a maior precisão qual a parte mais activa da
planta. Na parte activa da planta encontram-se substâncias em
quantidades muito baixas que conferem as propriedades terapêuticas.
É necessário fazer a extracção destas substâncias e
concentrá-las com vista a obter o efeito terapêutico desejado.
Cultura e recolha das Plantas Medicinais
Durante
séculos, o Homem limitou-se a colher as plantas com uso medicinal no
seu estado selvagem. Esta prática tornou-se impossível nos nossos
dias por duas razões: as colheitas repetidas rapidamente esgotariam
as espécies selvagens, a necessidade de obter variedades bem
definidas por motivos de eficácia e segurança não seria compatível
com a tarefa que a Natureza delega ao acaso dos crescimentos e das
mutações.
Tornou-se assim, necessário proceder à cultura das
plantas medicinais. Esta cultura obedece a regras muito
rigorosas:Durante séculos, o Homem limitou-se a colher as plantas
com uso medicinal no seu estado selvagem. Esta prática tornou-se
impossível nos nossos dias por duas razões: as colheitas repetidas
rapidamente esgotariam as espécies selvagens, a necessidade de obter
variedades bem definidas por motivos de eficácia e segurança não
seria compatível com a tarefa que a Natureza delega ao acaso dos
crescimentos e das mutações. Tornou-se assim, necessário proceder
à cultura das plantas medicinais. Esta cultura obedece a regras
muito rigorosas:
- Escolha precisa da espécie botânica mais rica em substâncias activas;
- escolha criteriosa da região de cultura no que respeita ao solo e clima mais adaptados ao desenvolvimento óptimo de cada planta;
- Selecção dentro de cada região, de terrenos isentos de poluição;
- Necessidade de um perfeito controle das culturas, afim de garantir a ausência de elementos estranhos. Isto implica a formação de agricultores no que respeita às técnicas de cultura biológicas das plantas medicinais;
- Necessidade do controle desde o estado de cultura. Uma vez efectuada a recolha, a conservação deverá ser adaptada a cada planta de modo a preservar a sua actividade, mediante a aplicação de normas bem definidas.
Por
fim as plantas são analisadas segundo técnicas modernas:
- Verificação do teor em substâncias activas;
- Verificação da ausência de pesticidas.
Os métodos de Extracção
Tradicionalmente
as plantas consumiam-se sob a forma de infusões. A planta é posta
em contacto com a água quente e as substâncias activas assim
extraídas e dissolvidas são melhor assimiladas pelo organismo. São
as velhinhas tisanas (chás). Os Chineses preferem a decocção em
que a plantas é mantida em água á ebulição.
Actualmente
a extracção faz-se por meio de um solvente adequado, nem sempre a
água é o mais apropriado. A extracção da substância activa é
feita por várias etapas que permitem obter um melhor rendimento.
O
método inicia-se com a criotrituração. O processo consiste em
pulverizar uma parte activa da planta seca, triturando-a a frio sob
azoto líquido, a exactamente -196ºC. Obtém-se, assim, um pó
perfeitamente fino e homogéneo. o pó integral. O frio é utilizado
porque os estudos mostram que, sob a acção do calor libertado por
uma trituração clássica, as vitaminas, as enzimas, as substâncias
voláteis e numerosos princípios activos são deteriorados, o que
não acontece com a criotrituração.
Um
pó integral assim obtido poderá ser posto directamente em cápsulas.
O interesse decisivo do pó integral face às outras formas
existentes, é de respeitar todos os princípios activos da planta,
para os levar, intactos, ao organismo. É assim, toda a riqueza da
planta que se encontra contida numa cápsula. Estes princípios
activos, bem como todos os constituintes da planta, agirão em
sinergia para assegurar uma total eficácia.
Noutras
situações é necessário proceder à extracção dos componentes
activos e somente no final se coloca o extracto em cápsulas. Assim
poderemos dispor de um menor volume, que constituí a parte essencial
do vegetal. Além disso, libertadas do suporte vegetal as substâncias
activas são melhor absorvidas pelo organismo.
Processo de fabrico dos medicamentos naturais
Controlo de Qualidade:
- Cultura da planta na região adequada: clima, solo, ausência de poluição, etc.
- Selecção rigorosa
- Criotrituração
- Pó fino
- Extracção por solvente específico
- Extracto líquido
- Concentração
- Extracto concentrado
- Secagem por vácuo
- Extracto seco
- Encapsulação
- Cápsulas
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