O
cacau
(Theobroma
cacao L)
é uma planta nativa do continente americano, sendo o principal
componente do chocolate.
Os povos Aztecas e Maias utilizavam o chocolate em forma de bebida em
rituais religiosos e de sacrifício, além de ser permitido seu
consumo somente por homens de importante papel, como guerreiros e
algumas autoridades das tribos. Com o passar dos anos, o chocolate
foi ganhando popularidade em todo o mundo. Ele é muito utilizado nos
dias de hoje tanto pelas indústrias de alimentos para
comercialização de produtos, quanto pelas pessoas nas suas
preparações culinárias. Portanto, é possível encontrar chocolate
em barra, em pó, fazendo parte da composição de bolos, bebidas,
bombons, recheios, coberturas, entre outros.
O
chocolate foi sendo reconhecido não só pelo seu delicioso sabor,
mas também pela presença de substâncias chamadas de fitoquímicos,
as quais demonstraram em pesquisas científicas benefícios
potenciais à saúde do ser humano. Um exemplo de um grupo de
fitoquímicos presente no cacau e de importante destaque é o grupo
dos flavonóides.
As
sementes de cacau e os seus derivados (como o chocolate amargo, o
cacau em pó e a massa de cacau) são fontes alimentares ricas em
flavonóides, devido ao alto teor destes compostos nas sementes (em
torno de 12 a 18%), sendo que cerca de 60% do total deste grupo de
fitoquímicos é formado essencialmente pelas catequinas,
epicatequinas e procianidinas. Estes componentes podem agir como
potentes antioxidantes no organismo, além de diminuir o risco de
doenças cardiovasculares e de cancro. Também podem melhorar a saúde
do coração promovendo um fluxo adequado de sangue (reduzindo a
pressão sanguínea), diminuição da tendência à agregação
plaquetária (evitando infarte e acidente vascular cerebral) e a
diminuição da oxidação do LDL colesterol.
Além
de serem encontrados no chocolate, os flavonóides também estão
presentes no vinho tinto, no chá verde, nas frutas e nos vegetais.
Entretanto, a concentração de flavonóides no chocolate depende dos
procedimentos usados durante a industrialização do cacau, os quais
preservam a maior quantidade possível dessas substâncias no
alimento, já que esses compostos são facilmente destruídos pelo
calor.
A
teobromina
é outro fitoquímico (do grupo dos alcalóides) também presente em
grande quantidade nos produtos de cacau. Em cada 100 gramas de
chocolate é possível encontrar 160 miligramas de teobromina. Essa
substância tem ação diurética, como também tem uma acção
semelhante à cafeína, como estimulante do sistema nervoso central,
do sistema respiratório e dos músculos cardíacos.
Além
disso, o chocolate é rico em alguns
minerais
(tais como manganês, potássio e magnésio) e algumas vitaminas
(como as vitaminas do complexo B por exemplo). Também apresenta em
sua composição um tipo de gordura insaturada chamada de ácido
oléico, sendo este conhecido por auxiliar na redução de
colesterol.
Alguns
tipos de chocolate, principalmente aqueles mais escuros e com menor
teor de açúcar, têm um maior potencial de contribuir para a saúde
em relação aos chocolates branco e aos de leite, devido á maior
quantidade de cacau presente na sua composição. Mesmo sabendo de
todos os benefícios deste alimento, é importante salientar que
todos os tipos de chocolate devem ser consumidos com moderação.
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