Para que sejamos bons pais, não é suficiente estarmos fisicamente presentes. É crucial a demonstração de uma efectiva disponibilidade emocional. Assim, é importante que esta relação que se estabelece entre pais e filhos prime pela qualidade do tempo que passam em conjunto e não pela quantidade em si. Mais importante que a duração da interacção, é o modo como esta se processa. Por conseguinte, é importante que as actividades desenvolvidas em conjunto sejam do interesse e do agrado de ambos". Assim sendo, procure:
1
- Dar o exemplo;
2
- Dialogar;
3
- Respeitar a privacidade e a individualidade de ambos;
4
- Demonstrar interesse pela realidade da criança;
5
- Ser proactivo;
6
- Responder às iniciativas do seu filho;
7
- Demonstrar afecto e valorizá-lo;
8
- Participar nas suas actividades escolares e lúdicas;
9
- Estabelecer regras e limites.
Estratégias
adequadas
A
melhor educação que pode ministrar aos seus filhos advém dos bons
exemplos e da forma como lidar na altura com as situações difíceis.
Ora veja:
-
Seja um bom modelo e mostre ao seu filho que valoriza muito a
honestidade;
-
Mantenha a calma quando descobre que ele lhe está a mentir. Diga-lhe
que sabe que não é verdade o que ele lhe disse e, calmamente,
informe-o de qual será a consequência;
-
Seja consistente e aplique o castigo prometido pela mentira, mas
recompense-o quando diz a verdade.
Estratégias
eficazes
Mimar
reforça os laços emocionais que unem pais e filhos. Daí que, na
sua essência, não apresente qualquer ligação a objectos do foro
material para tentar conquistar o coração dos filhos. Os pais devem
apostar na simplicidade e na eficácia:
-
Chegue a casa e, em vez de seguir o ritmo frenético da rotina do
dia-a-dia, após supervisionar os trabalhos da escola do seu filho,
pode, antes de preparar o jantar, reservar dez minutos para estar com
ele, vivenciando carinhos, jogos e brincadeiras - com a televisão
desligada;
-
Enquanto prepara as refeições, deixe que o seu filho esteja perto
de si, por forma a desfrutarem da presença um do outro;
-
Se o seu filho quer dizer-lhe algo, pare, sempre que possível,
procure dar-lhe atenção e ouvi-lo com calma;
-
Mostre-se disponível para brincar com o menino, em vez de lhe
responder prontamente que não tem tempo;
-
Quando for buscar o seu filho à escola, sempre que possível, em vez
de irem de imediato para casa, leve-o até um jardim ou parque
infantil, para que possam passear e brincar um pouco.
A
Linguagem dos Afectos
Numa
perspectiva de educação positiva, um dos grandes objectivos é
auxiliar a criança na construção de ferramentas que lhe permitam
desfrutar da vida, apreciando o que é, o que tem e o que a rodeia.
Neste
sentido, é fundamental estimular a identificação e a expressão de
sentimentos, duas qualidades que podem ser aprendidas e que
fortalecem o bem-estar emocional e as vivências sociais.
Algumas
vantagens de uma boa identificação e expressão de sentimentos são:
·
Maior motivação para aprender
·
Auto-Estima mais elevada
·
Melhores relacionamentos familiares e com os pares
·
Menor risco de problemas emocionais e comportamentais
Ajudar
as crianças a identificar bem as emoções (as suas e as dos outros)
e a estar atenta à forma de as expressar, permite-lhes desenvolver a
“linguagem dos afectos”.
Este
é o primeiro passo para aprender a lidar com o vasto leque das
emoções humanas de uma forma adequada. Cabe aos educadores o papel
de modelos de uma expressão emocional adequada.
Alguns
aspectos práticos a não perder de vista:
·
Não tema os sentimentos negativos. Questione a criança sobre a sua
origem, pois isso permite-lhe um maior contacto com as suas próprias
emoções
·
Aconselhe o uso de expressão verbal em vez de actos para exprimir
sentimentos negativos como a fúria
·
Explore com a criança os motivos dos seus descontrolos emocionais
·
Sublinhe que a legitimidade dos sentimentos negativos não legitima
determinados comportamentos como bater ou partir coisas
·
Identifique com a criança formas alternativas de reagir a
sentimentos como medo, raiva ou frustração
·
Mostre disponibilidade para ouvir a criança
·
Ensine-a a ver o lado positivo das coisas
·
Incentive também a expressão de emoções positivas como alegria,
prazer, gratidão, carinho ou contemplação e estimule a
identificação de situações que as provocam
·
Seja um modelo positivo, de afecto, compreensão e respeito
·
Valorize todos os progressos alcançados
A
confiança Mútua
O
diálogo rega a relação de confiança pais – filhos. Desde a
infância, passando pela adolescência e juventude... E até na vida
adulta o diálogo ocupa um lugar central na relação entre pais e
filhos.
Que
tempo tem dedicado a conversar com os seus filhos? Na última semana,
que momentos diálogo e partilha existiram entre vocês?
Pense
então no que gostaria de fazer diferente na próxima semana. Olhe
para a sua agenda: “Quando poderá criar a oportunidade para falar
do que vos vai na alma?” Não encontra espaço? E transformar as
rotinas em instantes especiais? Por exemplo, uma viagem de carro
(seja um percurso curto ou longo, pouco importa) – tem assistência
assegurada! Uma ida ao supermercado...
Do
que conversar? Pode ser a questão seguinte.
-
Como foi o seu dia?
-
O que espera encontrar no trabalho? Que desafios tem para superar por
lá?
-
Relatar que tem um colega com quem não simpatiza e partilhar como
lida com a situação.
-
Ou falar do Verão, do que fazia nas férias grandes quando era mais
novo....
E
ouvir, claro! Lembre-se que é importante interessar-se pelo que o
seu filho lhe conta. Interessar-se sinceramente, de coração aberto,
sem censuras, nem fiscalizações...
A
importância da leitura
Os
conhecimentos acerca dos primeiros anos de vida das crianças têm
aumentado e mudado a perspectiva que se tinha dos recém-nascidos.
Sabe-se agora que esta fase é crucial no seu desenvolvimento e que
muitas são as aprendizagens que estão a ser feitas nesta etapa das
suas vidas em que o cérebro ainda está em desenvolvimento.
Competências
importantes para o desenvolvimento da linguagem e da literacia
(aprendizagem da leitura e da escrita) podem e devem ser estimuladas
desde as mais tenras idades.
Ler
para a criança desde cedo é uma forma simples de promover o
desenvolvimento da linguagem bem como de estabelecer os pilares para
uma posterior literacia.
A
pesquisa mais recente na área da literacia afirma que as
competências necessárias à linguagem, à leitura e à escrita se
desenvolvem simultaneamente e estão intrinsecamente ligadas. O
desenvolvimento da literacia é um processo contínuo que se inicia
nos primeiros anos de vida e as experiências positivas que as
crianças pequenas têm com livros, revistas, lápis, papéis e com
os adultos significativos nas suas vidas vão ter um impacto ao nível
do desenvolvimento da linguagem, da escrita e da leitura
posteriormente. Deste modo, ler desde cedo para os bebés constitui
uma actividade estimulante e benéfica para o seu desenvolvimento.
Mas
que livros se adequam a crianças com poucos meses?
Nos
primeiros meses de vida, dos 0 aos 6 meses, os livros que despertam a
atenção das crianças são simples, com imagens ou formas grandes e
com cores brilhantes. Em relação ao material, poderão ser de
papelão, dobráveis ou de tecido ou vinil com imagens simples de
pessoas ou objectos familiares que possam ser laváveis.
Entre
os 6 e os 12 meses, o seu bebé pode gostar especialmente de livros
que “façam” coisas. Algumas boas escolhas poderão ser livros de
borracha ou de plástico que possam ser levados para o banho, com
diferentes texturas ou orifícios para que possam pôr os dedos e com
peças que se levantem para ver as imagens que estão por baixo.
Deixamos
aqui algumas dicas úteis para que facilmente possa identificar o
interesse do bebé pelos livros:
-
Virar as páginas enquanto ouve ou brinca com um livro
-
Levantar e deixar cair os livros
-
Abrir e fechar os livros
-
Levá-lo à boca ou mastigá-lo
Dicas
para a leitura nos primeiros meses:
-
Tenha
sempre em mente que as crianças aprendem através da brincadeira e
no caso da leitura, isto não é uma excepção. Compre livros
resistentes e dê ao bebé a oportunidade de brincar com ele e de o
manusear à sua vontade.
-
Deixe o bebé “ler” à sua maneira. O bebé pode apenas ficar
quieto durante a leitura de algumas páginas, virar as páginas
rapidamente ou querer olhar apenas para uma figura. Até pode querer
levá-lo somente à boca em vez de ouvir a história ou folheá-lo de
pernas para o ar! Siga o interesse do bebé para tornar a experiência
gratificante para ele e não uma experiência de frustração. Estes
pequenos gestos vão incentivar o seu interesse pela leitura desde
tão tenra idade.
-
A importância da repetição. Os bebés aprendem através da
repetição porque isso lhes possibilita terem várias oportunidades
de compreenderem. Quando os bebés mostram estar interessados num
livro ou numa figura, dê-lhes o tempo que quiserem para poderem
olhar para a figura ou para ouvirem várias vezes a mesma história.
-
Ler bastante. Ler livros juntamente com o seu bebé ajudá-lo-á a
julgar a leitura uma actividade agradável posteriormente bem como a
familiarizá-lo com os livros desde cedo.
-
Utilizar livros nas rotinas diárias do bebé. Ler para o bebé
quando e hora de dormir, partilhar livros de borracha no banho ou
ler-lhe enquanto esperam a consulta no médico são momentos nos
quais poderá facilmente introduzir o hábito de ler para o seu bebé.
-
Conte a história de uma forma divertida. Utilize diferentes tons de
voz para as diferentes personagens enquanto lê para manter o
interesse do bebé.
-
Recorde-se que um bebé só consegue estar atento durante curtos
períodos de tempo e dispense apenas alguns minutos de cada vez para
explorar um livro.
As
Birras
Entre
os 18 meses e os 4 anos as birras são frequentes e fazem parte do
desenvolvimento psicológico e afectivo adequado, demonstram que a
criança está a desenvolver a sua autonomia e personalidade. Também
não é saudável quando a criança nunca faz birras.
As
birras são manifestações da frustração que a criança sente com
os desafios do momento, sejam físicas (fome), mentais (não
conseguir realizar uma tarefa) ou emocionais e com os quais ainda não
consegue lidar nem controlar o seu comportamento. No entanto, é no
momento em que as birras ocorrem que é importante que os pais
mantenham as regras, para as crianças aprenderem que na vida vão
ter que se esforçar, treinar, trabalhar para conseguir o que querem
e assim, adquirem competências para suportar as frustrações que se
lhes deparam.
Perante
uma birra, por exemplo por quererem comer doces ou uma pizza, é
possível explicar com carinho às crianças que não podemos comer
todos os doces e pizzas todas que queremos porque depois ficamos com
dores de barriga.
Como
lidar com as birras:
Ser
consistente. As birras são testes aos limites: quando os pais
desistem a criança percebe que pode ser sempre assim. Se mantiver o
Não sempre que a criança faz birra, ela também percebe que não
vale a pena insistir.
Pela
mesma razão, se decidir ameaçar com um castigo, tenha a certeza que
é capaz de o levar até ao fim.
Elogiar
e recompensar quando eles se esforçam por se portar bem e quando
lidam bem com situações difíceis ou frustrantes. Sentirem que os
pais estão orgulhosos deles é o que realmente os faz crescer
emocionalmente.
Deixar as crianças participar na implementação das regras que tem que cumprir e até deixar que imponham alguma regra aos pais faz com que se sintam valorizados.
Deixar as crianças participar na implementação das regras que tem que cumprir e até deixar que imponham alguma regra aos pais faz com que se sintam valorizados.
Tente
identificar o que provoca as birras. Se ocorrem sempre no
supermercado, ou em casa da tia ou às refeições, tente perceber o
que há nessas situações que provoca as birras – cansaço, fome,
tédio, etc – e minimizar esses factores.
As
birras tentem a diminuir com a idade, já que a criança vai
adquirindo capacidades para comunicar melhor e lidar com a frustração
mas podem continuar ao longo dos anos e mesmo até à idade adulta,
se forem uma forma eficaz de conseguir aquilo que pretendem.
Quando
as birras incontroláveis são frequentes ou acompanhadas de
agressividade revelam a dificuldade da criança de gerir as suas
emoções e de se relacionar com os outros, podendo ser necessária
uma ajuda profissional. Estas birras não têm necessariamente que
representar um comportamento patológico e a ajuda de um psicólogo
pode passar por ajudar os pais a encontrar estratégias para as
ultrapassar.
Benefícios
de ter um Animal de Estimação
Estudos
indicam que o ter um animal de estimação em casa favorece as
relações sociais da criança, no sentido em que fomenta a
afectividade e a partilha e também proporciona uma maior preocupação
com a natureza.Os animais de estimação também parecem ajudar a
diminuir os estados de ansiedade, tédio e medo e desenvolvem uma
melhor capacidade de integração e uma melhor concentração na
escola. Um bom relacionamento com os animais pode também ajudar no
desenvolvimento da comunicação e empatia. Cuidar de um animal de
estimação é uma excelente forma de ensinar às crianças conceitos
importantes como a responsabilidade e a dedicação. Com ele a
criança pode brincar, correr, explorar o ambiente e viver novas
experiências, para além de que ter um animal também requer
cuidados e estes cuidados, orientados por um adulto, estimulam a
autonomia e a responsabilidade. É importante salientar que um animal
de estimação não substitui um amigo:
-
Mostre à criança o que deve fazer e como tratar do seu animal de
estimação. Os pais são modelos por excelência e as crianças
aprendem a ser os donos responsáveis do seu animal de estimação
observando o comportamento dos pais.
-
Após observar o adulto, a criança deverá praticar o mesmo
comportamento/acto e ser reforçada pela realização.
-
Dê pequenas tarefas ligadas a alguns cuidados e responsabilidades
que a criança deve ter com o animal – tendo em conta a idade e as
suas capacidades - por exemplo a limpeza da gaiola e/ou a manutenção
da água e comida fresca são tarefas de relativamente fácil
execução e nas quais a criança pode ajudar. Inicialmente estas
tarefas podem ser divididas em pequenos passos fáceis de aprender e
conforme a criança vá tendo sucesso poem ir aumentando gradualmente
a dificuldade até a criança realizar a actividade de forma
independente, reforçando sempre a sua evolução. Estas tarefas
também poderão ter um horário fixo de modo a facilitar a
aprendizagem da rotina por parte da criança.
-
Oriente a criança de forma a aprender a lidar com o animal de
estimação com respeito e dedicação e não irritar-se quando o
animal não obedece. Deve explicar à criança que o animal muitas
vezes não compreende a nossa vontade e não faz sempre aquilo que
queremos. Devem igualmente ensinar à criança o que deve fazer
quando o seu animal de estimação não cumpre com a sua vontade, ou
faz algo inesperado. Desta forma a criança estará melhor preparada
para quando acontecer algo semelhante.
-
Ensine o seu filho a treinar algumas instruções relativamente
fáceis, por exemplo o sentar ou o dar a pata, reforçando sempre o
animal – por exemplo com um biscoito – sempre que ele executar a
instrução. Desta forma, fomenta momentos de interacção positivos
entre a criança e o animal e também incute o sentido de
responsabilidade.
10
mandamentos dos bons avós
Nem
todos os adultos sabem como amar as crianças. Os avós são, muitas
vezes, acusados de estragar os netos com mimos, de os deseducar e de
se meterem onde não são chamados . Saiba como ser o melhor avô/avó
do mundo.
1.
Evitar conflitos - Perceber que os avós nunca pensam como os pais.
Não julgar nem condenar as atitudes dos pais.
2.
Manter-se neutro - Jamais tomar o partido de um dos pais em frente
dos netos. Estar em desacordo é normal e, por vezes, salutar.
3.
Saber ouvir - Ser reservado e dar conselhos apenas quando são
pedidos.
4.
Não impor a sua presença - Estar quando é bom ou faz falta e
desaparecer quando está a mais.
5.
Nunca substituir um dos pais sem ser solicitado - Jamais arrancar um
bebé dos braços da mãe.
6.
Fazer dos encontros com os netos um ritual - Levar um brinquedo ou
contar uma história "de antigamente" sempre que está com
eles.
7.
Não tratar todos os netos do mesmo modo - Fazer com que cada um se
sinta especial. Levá-los a sair individualmente de vez em quando.
8.
Conversar antecipadamente com os filhos - Sobre os acordos a fazer
com os netos. Saber sempre até onde ir.
9.
Transformar a casa em ponto de encontros regulares - Organizar
jantares, festas ou lanches, ajuda a família a ficar mais unida e os
netos a guardarem melhores recordações da infância.
10.
Ajudar emocionalmente - Sabendo como pode ser delicada a posição
dos filhos que estão a precisar de ajuda. Dar parabéns e palavras
de estímulo de cada vez que os filhos se revelarem bons educadores.
Sem comentários:
Publicar um comentário
GOSTOU COMENTE!
NÃO GOSTOU, COMENTE NA MESMA!