É necessário
haver equilíbrio entre o pensar e o sentir, entre o nosso lado
racional e a vertente emocional. Quem pensa muito, pouco sente. Se
desenvolve mais o lado racional do pensamento, o emocional ficará
decerto mais escondido, certamente menos desenvolvido.
Mas quem
pouco sente, quase nada é. Se o nosso lado emocional estiver mais
desenvolvido, certamente perderemos o controlo do nosso lado
racional, e o controlo sobre o que nos rodeia. É necessário perder
o controlo.
É este um dos profundos medos da Sociedade actual. O de perder o controlo sobre o que sente. Considera-se uma pessoa que não sente como alguém profundamente ingrato, desconhecedor do seu potencial total e incapaz de inspirar seja quem for.
É este um dos profundos medos da Sociedade actual. O de perder o controlo sobre o que sente. Considera-se uma pessoa que não sente como alguém profundamente ingrato, desconhecedor do seu potencial total e incapaz de inspirar seja quem for.
Não sentir é
um dos principais flagelos da nossa sociedade, pois regra geral somos
um rebanho de gente inconsciente, que se desconhece porque prefere
caminhar, sem rumo em detrimento de criar o seu próprio caminho,
porque é mais fácil e dá muito menos trabalho ser um comum mortal
do que acreditar na eternidade que só uma pessoa feliz reconhece e
porque as pessoas não querem saber de si mesmas, abandonaram-se, e
vivem uma vida inteira na expectativa de encontrar alguém que as ame
como elas nunca se amaram. Impossível.
Quer ser amado?
Ame-se.
E tudo isto
porquê? Porque é mais fácil e socialmente aceite, pensar do que
sentir. É como se estivéssemos autorizados a julgar, mas impedidos
de viver a entrega. Acontece que sempre que uma pessoa pensa, entra
numa espécie de cápsula do tempo que lhe inebria a única realidade
que lhe assiste, o “Agora”, deixa de existir, torna-se um
autómato.
Nós somos almas
alojadas em corpos, como tal, estamos aqui para viver a experiência
dos afetos e não há afeto com uma mente descontrolada, não se
criam laços, o amor não se afirma e a paixão não nos corre pelas
veias, não nos alimenta as células nem nos arrepia os poros.
Esvaziar a mente
é, por todos estes motivos, o melhor tónico para o coração, é
como estar profundamente desidratado e descobrir uma garrafa de água.
É a vida na sua plenitude. É quando se permites ser e assim será.
Vamos voltar ao
SER criança. À nascença a mente não passa de um saco vazio,
insípido e despropositado, certo? Somos felizes, certo? Fazemos e
dizemos o que sentimos, correto? Então porque razão, à medida que
vamos crescendo, adquirimos o hábito de ir enchendo o lixo do ego,
dos bloqueios, dos preconceitos e dos medos, até já não caber
mais? Preguiça. Comodidade. Resignação. Desculpas e mais
desculpas.
E sim, podemos
trabalhar o esvaziar da mente. Aparentemente pode parecer difícil,
mas não é. Nunca se esqueça que é o que sente e que foi feito
para sentir, como tal, suprir a rotação dos nossos pensamentos
passa por se afirmar, por materializar o que deseja, por estar com
quem quer, ir onde lhe apetece e verbalizar o que sente. Liberdade.
Passa por se
permitir ser criança novamente. Por sentir. Por amar e amar-se.
Não acredita?
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