Esta Terapia revolucionária, trata medos, traumas, fobias, problemas psicológicos, ansiedade, pânico.
Designada por:
EMDR -Eye Movement Desensitization and
Reprocessing
Esta técnica, trata através da dessensibilização e Reprocessamento através de
Movimentos Oculares - é um novo e eficaz método psicoterapêutico
que tem ajudado milhares de pessoas em todo o mundo e de várias
idades a resolverem, de forma rápida e duradoura, vários tipos de
problemas psicológicos e emocionais.
Para compreender melhor o EMDR é necessário um
breve esclarecimento sobre:
1. A anatomia do cérebro
2. Sono e
sonhos
3. Trauma ou “ferida cerebral”
1. A anatomia do cérebro:
Já deve ter
visto fotografias do cérebro, que mostram uma grande divisão entre
hemisférios direito e esquerdo. No lado direito predomina o comando
das nossas emoções e o potencial artístico, enquanto no esquerdo há
o predomínio das conexões que regulam a nossa capacidade racional e
lógica. Outra divisão importante é fruto da história da nossa
evolução como animais. São diferenças marcadas por três momentos
da evolução: répteis, mamíferos, humanos. Assim temos estruturas
cerebrais carregadas das características de cada etapa da
evolução.
De forma bastante simplificada - O “cérebro” que herdamos
dos répteis controla as nossas funções autónomas, o que herdámos dos
mamíferos, as emoções e, por fim, o “cérebro humano” as nossas
produções humanas: linguagem, abstração, matemática, arte, uso
de ferramentas sofisticadas, etc. É importante dizer que estas
estruturas não possuem apenas uma diferença anatómica, mas também
características bioquímicas diferentes e uma organização celular
diferente. Sendo assim, a passagem de informação dentro do próprio
cérebro, encontra barreiras que dificultam a harmonia entre a razão,
emoção e ação.
2. Sono e Sonho:
Já deve ter visto
alguém a dormir e, mesmo com as pálpebras fechadas, a movimentar os
olhos. Isto faz parte de uma fase do nosso sono: o sono R.E.M. (Rapid
Eye Movement: Movimento rápido dos olhos). É nesta fase que
acontece a maioria dos nossos sonhos e a nossa atividade cerebral é
semelhante, á que acontece quando estamos acordados ou é ainda mais intensa. Os nossos batimentos cardíacos e a respiração aceleram, assim como a nossa
pressão arterial, diferente de outras fases do sono em que se dá um
relaxamento da nossa fisiologia. Os sonhos reciclam as nossas
experiências para que possamos viver da melhor forma o presente,
arquivando o passado e planeando de forma inteligente o nosso futuro.
Esta reciclagem, ou processamento das informações, pode ser
comparado com o trabalho de nosso sistema digestivo: ingerimos os
alimentos, há separação das vitaminas, açúcares, proteínas e
gordura, para a nutrição do nosso corpo e o que não usamos é
excretado. Mas o sistema digestivo tem uma vantagem em relação ao
cérebro: se comemos algo muito pesado ou que não “cai bem”
vomitamos expulsando o que fez mal. Quando vivemos situações
pesadas ou que excedem as nossas capacidades de lidar com a realidade, o
cérebro tenta reciclar o que puder. O que não conseguir reciclar
continua a ativar o corpo como se a vivência passada ainda fosse
presente. A movimentação dos olhos enquanto sonhamos, é o reflexo
da atividade de processamento que flui entre as diferentes regiões do
cérebro.
3. Trauma ou “ferida cerebral”:
O
trauma ocorre quando não conseguimos reciclar uma experiência. A
comunicação entre as regiões cerebrais, ainda não são suficientes
para elaborarmos o que vivemos, mesmo com o trabalho dos sonhos e todo
o sistema cerebral de adaptação e processamento. Em geral, os
traumas são causados por violência, abuso, a perda de um filho,
situações não tão graves, mas que ocorrem quando não estamos preparados, fragilizados, impotentes, quando somos surpreendidos
ou situações que se repetem demasiado. Os traumas trazem-nos
sofrimento e/ou desperdício de energia. Eles estão na raiz do
sofrimento psíquico, das doenças psicossomáticas (fisícas), de um grande
número de patologias mentais e dificuldades de desenvolvimento.
Independente do nome que dermos ao sofrimento e ás dificuldades
de desenvolvimento, só o ser humano traumatizado pode dizer o que se
passa, e às vezes, ele próprio, não encontra palavras para descrever o que está
a acontecer.
Nem sempre associamos o próprio sofrimento a um
trauma. Mas independente da consciência, as “feridas cerebrais”
pulsam revivendo o passado através de imagens, lembranças,
pensamentos, sons, cheiros, gostos, sensações corporais,
sentimentos e/ou ações. O pulsar das “feridas cerebrais” é
também uma tentativa desesperada do cérebro de processar as nossas
experiências, por isso repete, repete, repete e repete gerando
os sintomas. Podemos dizer que os sintomas tem tanto “o veneno quanto
o remédio”. Estas feridas cerebrais estão principalmente no nosso
cérebro emocional, regiões nas quais os pensamentos e a comunicação
verbal tem pouco ou nenhum acesso. Por isso acabamos por dizer frases
como: “Eu não sei porque faço isso ! eu não queria fazer !”
“Eu sei que não devia de me sentir mal, mas não consigo sentir-me
bem!” “Eu sei que isso tudo é passado, mas eu não consigo
esquecer!!” “Na teoria eu sei, mas no momento de fazer…” “Não
adianta desabafar, parece que as coisas só pioram… eu não tenho
saída.” “Não adianta tentar ajudar-me, eu só me sinto
pior…”
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Agora passo a explicar como o EMDR funciona:
O
EMDR aumenta a troca de energia entre os “diferentes "cérebros” e
entre os seus hemisférios, destravando-os. No EMDR, as barreiras
encontradas devido ás divisões e diferenças cerebrais,
perdem a força pois há um fluxo mais rápido e intenso no nosso
sistema de adaptação, de informação e de processamento, um instinto
de cura. Assim o passado perde a sua carga negativa, tornando-se apenas
uma lembrança, e a energia negativa é transformada, para vivermos o
presente e o futuro com mais conhecimento, habilidade, prazer e
saúde!
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