Origem
É uma herança de várias comemorações realizadas
na Antiguidade por povos como os egípcios, hebreus, gregos e
romanos. Esses festejos pagãos serviam para celebrar grandes
colheitas e principalmente louvar divindades. É provável que as
mais importantes festas ancestrais do Carnaval tenham sido as
"saturnais", realizadas na Roma antiga em exaltação a
Saturno, Deus da agricultura. Na época dessa celebração, as
escolas fechavam, os escravos eram soltos e os romanos dançavam
pelas ruas. Havia até mesmo uma espécie de "bisavô" dos
atuais carros alegóricos, que levavam homens e mulheres nus e eram
chamados de carrum navalis, algo como "carro naval", pois
tinham formato semelhante a navios. Alguns pesquisadores determinam
aí a origem da palavra carnaval. A maior parte dos especialistas,
porém, acha que o termo vem de outra expressão latina: carnem
levare, que significa "retirar ou ficar livre da carne"
O Carnaval teve a sua origem numa festa popular já
anterior ao Cristianismo. Isso porque, já na Idade Média, essas
velhas festividades pagãs foram incorporadas pela Igreja Católica,
passando a marcar os últimos dias de "liberdade" antes das
restrições impostas pela Quaresma. Nesse período de penitência
para os cristãos (durante os 40 dias antes da Páscoa), o consumo de
carne era proibido. A comemoração do Carnaval adquiriu diferentes
formas nos países católicos que mantiveram a celebração. No
"entrudo", uma folia feita em Portugal, são comuns as
brincadeiras com água.
Tudo começou em Itália e a festa era chamada
“Saturnália”, em homenagem a Saturno. Nesses festejos eram
figuras de honra aos deuses greco-romanos, Baco e Mono e aconteciam
nos meses de Novembro e Dezembro. Durante essa festa, que tinha lugar
na cidade de Roma, toda a população se misturava, inclusive os
escravos com os senhores… e por vezes cometiam-se imoralidades. Com
o aparecimento e expansão do Cristianismo, surgiram os primeiros
sinais de censura a esses festejos.
O período do Carnaval passou a ser marcado marcado pelo “adeus
à carne” ou “carne nada vale” dando origem ao termo
“Carnaval”. Durante o período do Carnaval havia uma grande
concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu
modo, de acordo com seus costumes.
Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que
antecedem a Quarta-feira de Cinzas . Em contraste com a Quaresma,
tempo de penitência e privação, estes dias são chamados “gordos”,
em especial a terça-feira, último dia antes da Quaresma.
O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da
sociedade vitoriana do século XIX. As cidades de Paris e Veneza
foram os grandes modelos exportadores da festa carnavalesca para o
mundo.
Actualmente o Carnaval do Rio de Janeiro, Brasil, é considerado
um dos mais importantes desfiles do mundo. Em Portugal, os desfiles
mais famosos são os de Mealhada, Torres Vedras, Loulé, Ovar, entre
outros. A sátira social e política continua a ser o instrumento
privilegiado dos foliões portugueses.
Tradições Portuguesas
Não podia falar de carnaval, sem referir os ancestrais Caretos,
tão típicos de algumas povoações e aldeias do Norte de Portugal
(especialmente em Trás-os-Montes).
Para quem não sabe, um careto é um homem disfarçado que anda
pelas ruas de algumas povoações e aldeias, com uma máscara que
serve para meter medo, fazendo de diabo à solta. Podem aparecer
tanto no Carnaval como no Natal.
Os caretos são uma espécie de criaturas de outro mundo, que
fazem muito barulho e perseguem as raparigas solteiras, andam em
grandes grupos, com máscaras de couro ou de madeira, muito
feias,vestem velhas colchas de lã transformadas em fatos de cores
fortes como o verde, azul, preto, vermelho e amarelo (tudo às
riscas). Para chamar a atenção e fazer todo o barulho que lhes é
característico, usam grandes chocalhos pendurados na cintura e
guizos nos tornozelos.
Diz a tradição que nos dias em que os Caretos saem
à rua, as meninas solteiras ficam em casa a vê-los pela janela. Por
isso eles trepam pelas varandas acima, para ir ter com elas e fazer
muito barulho, mexendo a cintura para lhes bater com os chocalhos!
Outras das suas vítimas são os donos das adegas, quando são
apanhados, pegam-lhes ao colo e obrigam-nos a abrir as pipas de vinho
para os caretos beberem.
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