
Ainda
hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um
jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do
jantar há leituras nas sinagogas.
Para os
cristãos, Páscoa
significa passagem. É a celebração mais importante da Igreja
Cristã, onde se comemora a "Ressureição”, a passagem de
Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição de Jesus Cristo.
A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É
considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades.
A
Quaresma começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira
da Semana Santa, quando os católicos realizam a preparação para a
Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão
espiritual e onde os cristãos se recolhem em oração e penitência
para preparar o seu espírito.
Durante
a Quaresma a Igreja veste os seus ministros com vestes de cor roxa,
que simbolizam tristeza e dor. A quarta feira de cinzas é um dia
usado para lembrar o fim da própria mortalidade. É costume serem
feitas missas onde os fiéis são marcados na testa com cinzas. Essa
marca normalmente permanece na testa até o pôr do sol. Esse
simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde
vários personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como uma prova
de arrependimento, também como prova do seu desgosto.
Muitas
pessoas perguntam-se porque a Quaresma é praticada durante um
período de 40 dias. Na Bíblia, o número quarenta é bastante
comum: 40 dias de dilúvio, quarenta anos do povo de Deus no deserto,
quarenta dias de Elias e Moisés na montanha, 40 dias de Jesus no
deserto antes de começar o seu ministério, 400 anos de opressão do
povo de Deus pelos egípcios, etc.
Cerca de
duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a
preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e
jejum. Por volta do ano 350 d.C. a Igreja aumentou o tempo de
preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a Quaresma.
A Páscoa
está inserida na Semana Santa, onde na "Sexta Feira Santa"
é celebrada a crucificação de Jesus, e no "Domingo de Páscoa"
se celebra a Ressurreição e a sua primeira aparição aos seus
discípulos. O "Domingo de Páscoa" acontece após a
primeira lua cheia que ocorre no início da primavera, no hemisfério
Norte. A Páscoa é uma festa móvel, varia o dia em cada ano, a data
é sempre comemorada entre os dias 22 de março e 25 de abril. A
Páscoa é comemorada em vários países.
Em
tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da Páscoa era
marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que
animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses
presenteavam-se uns aos outros com ovos.
SÍMBOLOS
DA PASCOA
O Ovo da
Páscoa
Nas
culturas pagãs, o ovo representa o começo da vida. Vários povos
costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte na
passagem para uma vida feliz.
Já os
chineses costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos na
primavera, como referência à renovação da vida.
Existem
muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas:
Acreditavam que na terra tinha caído um ovo gigante e por essa
razão, os ovos tornaram-se sagrados.
Os
cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos
coloridos na Páscoa, simbolizando a ressurreição, o nascimento
para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever
mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Na Alemanha, o
costume era presentear as crianças. Na Arménia decoravam ovos ocos
com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.
Pintar
ovos com cores da primavera, para celebrar a Páscoa, foi adotado
pelos cristãos, nos séculos XVIII. A igreja doava aos fiéis os
ovos bentos.
A substituição dos ovos cozidos e pintados por
ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo
de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma.
A
versão mais aceite é a de que o surgimento da indústria do
chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate
aumentar.
O Coelho
Um dos
símbolos da Páscoa é o coelho. O animal tornou-se símbolo porque
em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração era
exatamente no fim do inverno e o início da primavera, quando os
animais apareciam nos campos, com as suas crias, era a época da
fertilidade.
Devido á sua grande capacidade de fecundar, o
coelho tornou-se um dos símbolos mais populares da Páscoa. É que
ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda na sua
missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.
O
Cordeiro
O
cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da
aliança feita entre deus e o povo judeu na Páscoa da antiga lei. No
Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem
fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do
grande feito de Deus em prol do seu povo: a libertação da
escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação
e a aliança de Deus com o seu povo.
Moisés, escolhido por
Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou
a passagem para a liberdade, sacrificando um cordeiro.
Para os
cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi
sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu:
"morrendo, destruiu a nossa morte, e ressuscitando,
restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada pelo
Seu Filho, agora não apenas com um povo, mas com todos os povos.
O Círio
Pascal
É uma
grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa
que "Cristo é a luz dos povos".
Nesta vela, estão
gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ómega",
que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também
são gravados no Círio Pascal.
O Círio Pascal simboliza o
Cristo que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho.
O Pão e
o Vinho
O pão e
o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum
para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia serviu-se dos
alimentos mais comuns, para simbolizar a sua presença constante
entre as pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam
essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e a sua presença
no meio de nós.
Jesus já
sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então,
combinou com dois dos seus discípulos, para que preparassem a festa
da Páscoa num lugar seguro.
Quando estava tudo pronto, Jesus
e os outros discípulos reuniram-se para celebrarem a ceia da Páscoa.
Esta foi a Última Ceia de Jesus.
A
instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia,
quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai
e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O
Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do
seu Sangue, para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos
séculos.
A Páscoa
judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da
liberdade.
Hoje, comemoramos a Páscoa relembrando a jornada
de Jesus: vida, morte e ressurreição.
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