Geralmente,
quando as pessoas iniciam um caminho espiritual, desejam que a
mudança ocorra de forma instantânea. Se isso não acontecer, ficam
frustradas e começam a pensar no que pode estar a atrasar esse
processo. Mas uma mudança não acontece apenas porque tem uma aula,
adquire um conhecimento ou obtém uma revelação. Para existirem
mudanças, é preciso haver perseverança e consciência do que
precisa de ser mudado.
Desenvolver uma consciência maior é um
trabalho árduo. A cada momento temos que colocar toda a nossa força
na guerra contra nosso velho modo de ser, contra o nosso lado que não
quer mudar, que é a voz do lado negativo. Uso a palavra “guerra”
de propósito, porque é exactamente o que acontece. Para que uma
transformação real ocorra, temos que lutar com todas as nossas
armas, e quando formos abatidos, temos que nos reerguer, sabendo que
estamos cada vez mais perto de vencer o estado em que estávamos
anteriormente.
A
diferença entre aqueles que vencem uma batalha e aqueles que não
vencem, é que os vencedores sabiam desde o início que se tratava de
uma batalha e que a venceriam. Aos que não vencem, falta este
entendimento e esta convicção.
A guerra de consciência é
muito mais difícil do que qualquer batalha física. É a guerra que
nos testa para nos tornarmos pessoas melhores e ela não é vencida
facilmente. Precisamos de saber que existe um processo e confiar nele. O fruto que não está
maduro hoje, algum dia será doce. Nós venceremos. A nossa
consciência crescerá. É o nosso destino colectivo.
Enquanto o ego busca
sempre os resultados imediatos, a consciência desenvolve-se e a
transformação ocorre quando abraçamos o processo e nos mantemos
firmes nas batalhas das nossas guerras espirituais. Desde que
optemos por continuar na batalha, estaremos a encontrar um processo
de mudança e permaneceremos conectados com a Luz.
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