Espiritualidade

Tipos de Mediunidade

A mediunidade emerge como uma ponte entre o plano material e o transcendental, revelando a complexidade e a diversidade dos dons que permeiam a experiência humana.

Entre os muitos mistérios que cercam esse fenómeno, destacam-se os diferentes tipos de mediunidade, cada um com suas características distintas e suas próprias nuances.

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Tipos de Mediunidade

Mediunidade Psicográfica

Nesta mediunidade, a mão do médium serve como instrumento para a entidade comunicante, existindo nela dois tipos. O primeiro, e mais comum, consiste apenas numa manipulação do Duplo- Etérico na região da mão do médium por parte da entidade, ou seja, ela limita-se, ou com a força do pensamento ou com a força física, a manusear a mão do médium para com ela escrever o que pretende.

Esta forma embora mais comum é mais complicada, porque a capacidade de manuseamento depende da abertura do Duplo- Etérico do médium, ou seja, de sua pureza e conduta, mas, caso seja consideravelmente boa, é um meio que pode ser usado com relativa facilidade, sendo comum em espíritos recém-chegados aos planos espirituais, que não dominam ainda os centros nervosos humanos, e portanto não poderiam escrever a partir daí.

 

A segunda forma ocorre a partir dos centros nervosos, que pode ser o conjunto de nervos do braço e ombro, mas mais frequentemente é utilizado o cérebro ou a medula espinal, por serem os centros de comando operacional do restante organismo.

A entidade comunicante penetra o Duplo- Etérico do médium com seu corpo espiritual e com o poder do pensamento manipula os centros nervosos, comandando assim a mão do médium à escrita, como se ela mesmo estivesse escrevendo. É o melhor meio, mas exige conhecimento, porque, não sendo o corpo da entidade, ela não possui conexão mental com as células constituintes, não podendo gerar movimentos segundo sua vontade, excetuando se utilizar os canais e meridianos energéticos do médium.

 

Mediunidade Incorporativa

Nesta mediunidade, a entidade literalmente ocupa as funções orgânicas, em maior ou menor quantidade, do médium, sem no entanto penetrar o seu organismo ou os seus corpos espirituais. Na verdade, espíritos mais evoluídos, como os Caboclos e Pretos Velhos, nem sequer se aproximam muito, podendo incorporar estando presentes, inclusive, em outros planos, liberando para o médium apenas um desdobramento dos seus corpos mentais (inferiores), que se vão acoplar ao mental do médium, e desse modo comandar as funções físicas do instrumento mediúnico.

Em espíritos ainda não tão experientes, a incorporação tem de ocorrer de mais perto. No entanto, sem interpenetração de corpos, ocorrendo apenas um acoplamento, que pode ser ao nível dos centros nervosos de comando ou ao nível dos chakras, onde a entidade comandará energias especificas e centros específicos do médium.

Em mediunidade semi-consciente, o médium limita-se a ser um porta voz da entidade, não tendo as suas funções tomadas temporariamente por ela, o chakra laríngeo não está sobre o seu comando, e embora pareça ao médium que a entidade está a falar, é na verdade ele, mas, como é a entidade que emite os pensamentos, o cérebro não os consegue registar no arquivo, sendo logo emitidos, e, portanto, não classificáveis como seus.

 

Mediunidade Ouvinte (Canalizadora)

Nesta mediunidade, normalmente associada à mediunidade clarividente, o médium possui a faculdade de escutar os sons dos planos espirituais, com maior ou menor definição, dependendo do seu nível frequêncial, que afeta o ouvido espiritual, diminuindo a sua capacidade auditiva ou amplificando-a, dependendo do nível de vibração que o médium emite.

 

Mediunidade Telepática

Nesta mediunidade, consideravelmente rara, o médium é capaz de se comunicar através do pensamento, com outros homens ou seres espirituais, para tal, a vibração do médium tem de ser considerável, e ele deve conseguir manipular o seu corpo mental (inferior) de forma já bastante considerável, para poder, através dele, emitir pensamentos e projetá-los na mente de outra pessoa.

Isto é comum em entidades, que frequentemente recorrem a esse recurso para comunicação.

 

Mediunidade de Materialização

Esta mediunidade, exige uma aura bastante expandida, com canais protoplasmáticos largos, que permitam um grande fluxo do protoplasma (um componente do ectoplasma), pois, como ele tem de ser exteriorizado, é necessário um grande fluxo, para que o sistema físico e espiritual do médium não sofra com a sua ausência.

O médium exterioriza, sobre sua força mental ou de outros, o seu próprio protoplasma, que, ao entrar em contacto com a atmosfera, assume forma plástica e gelatinosa, endurecendo com o tempo, normalmente no espaço de minutos.

A substancia é emitida pelos canais que conectam o exterior com o interior no homem, portanto, ouvidos, nariz e boca, podendo, eventualmente, através de médiuns muito experientes, ser emitido através dos chakras, o que é no entanto raro. Essas formas moldáveis funcionam como um corpo físico com canais protoplasmáticos, podendo a entidade a eles acoplar-se, como numa encarnação.

 

Mediunidade Clarividente

Nesta mediunidade, o médium possui a capacidade de vislumbrar vários planos em simultâneo, ou, então, em casos mais raros, vislumbrar cada plano independentemente do outro. Este último caso é mais raro, e frequentemente ocorre em simultâneo com o primeiro.

 

Mediunidade Projetiva

Nesta mediunidade, o médium possui a capacidade de abandonar conscientemente o corpo físico, e permanecer, por tempo indeterminado, nos planos espirituais. O médium pode controlar diversos corpos, e então, desse modo, projetar-se em diversos planos em simultâneo, o que é, no entanto, raro e incomum.

 

Mediunidade Sensitiva

Normalmente todo o médium possui esta faculdade, é a capacidade de receber as impressões emitidas pelo campo áurico (em relação a algo ou alguém).

Estas são as faculdades mediúnicas que normalmente encontramos na Terra, sendo frequente que um médium possua 2 ou mais faculdades, por elas serem, como já dissemos, uma faculdade única do homem.

 

Tipos de Médiuns:

  • Médiuns sensitivos

Pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. A maioria destas pessoas distingue os Espíritos bons dos maus, pela natureza da impressão.

Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das comunicações com os Espíritos violentos, ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resulta.

  • Médiuns naturais ou inconscientes (Involuntários)

Os que produzem espontaneamente os fenómenos, sem intervenção da própria vontade e, as maioria das vezes, à sua revelia. São os que exercem sua influência sem querer de forma involuntária, frequentemente em adolescentes e crianças pequenas.

  • Médiuns Facultativos ou Conscientes (Voluntários)

Têm consciência do seu poder e produzem efeitos espíritos pela própria ação da vontade. Os que têm o poder de provocar os fenómenos por ato consciente. Porém qualquer que seja essa vontade, eles nada podem, se os Espíritos se recusam, o que prova a intervenção de uma força estranha.

Não se manifesta a todos, com o mesmo grau, mas são raros os médiuns com esse poder. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse facto, médium. Esta faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo.

  • Médiuns falantes

Os médiuns audientes, que apenas transmitem o que ouvem, não são, a bem dizer, médiuns falantes. Estes últimos, as mais das vezes, nada ouvem. Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes.

Querendo comunicar-se, o Espírito serve-se do órgão que se lhe depara mais flexível no médium. A um, toma conta da mão; a outro, da palavra; a um terceiro, do ouvido.

O médium falante geralmente exprime-se sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas ideias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência.

Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda lembranças do que diz. Em suma, nele, a palavra é um instrumento de que se serve o Espírito, com o qual uma terceira pessoa pode comunicar-se, como pode com o auxilio de um médium audiente.

  • Médiuns videntes

Os médiuns videntes tem a faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambolico, ou próximo do sonambulismo.

É raro que esta faculdade se mostre permanente. Quase sempre é efeito de uma crise passageira. Na categoria dos médiuns videntes podem-se incluir todas as pessoas dotadas de dupla vista.

A possibilidade de ver em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediunidade, mas não constitui, propriamente falando, o que se chama médium vidente.

  • Médiuns sonambólicos

Pode considerar-se o sonambulismo uma variedade da faculdade mediúnica, ou, melhor, são duas ordens de fenómenos que frequentemente se encontram reunidos. O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito, é sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos.

Numa palavra, ele vive antecipadamente a vida dos Espíritos. O médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem de si. Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, enquanto que o médium exprime o de outrem. Mas, o Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo, dá-se mesmo que, muitas vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação.

A lucidez sonambólica é uma faculdade que se radica no organismo e que é independente, em absoluto, da elevação, do adiantamento e mesmo do estado moral do indivíduo. Pode, pois, um sonâmbulo ser muito lúcido e ao mesmo tempo incapaz de resolver certas questões, desde que o seu Espírito seja pouco adiantado.

  • Médiuns curadores

Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de médiuns, o assunto exigiria desenvolvimento excessivo. Diremos apenas que este género de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação.

Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenómeno, sem dificuldades reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; as coisas passam-se de modo inteiramente diverso.

Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, faz-se manifestar, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.

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