Espiritualidade
Distintas à primeira vista, a cartomancia e a astrologia compartilham raízes profundas que se entrelaçam no invisível. Ambas partem da sincronicidade.Este conceito, desenvolvido por Carl Gustav Jung em 1950, descreve aquelas coincidências que não são meros acasos, mas encontros significativos entre o mundo exterior e o interior. Eventos que ocorrem ao mesmo tempo e que, embora não tenham uma relação causal direta, se conectam por um fio invisível de sentido. Nada é por AcasoTanto na astrologia como na cartomancia, acredita-se que cada momento carrega uma qualidade única e que o universo é regido por uma harmonia intrínseca — e não pelo caos. Assim, ao lançar uma questão ao universo, seja através de um mapa astral ou de uma leitura de cartas, a resposta já está latente no próprio momento em que a pergunta é feita. O universo, que não reconhece o acaso, manifesta-se em símbolos, signos e arquétipos, disponíveis para quem souber interpretá-los. A Astrologia: O Céu Como Espelho da TerraNa astrologia, as posições planetárias no momento de um nascimento não "causam" as características de uma pessoa. Em vez disso, refletem, como um espelho cósmico, as qualidades daquele instante único no tempo. O macrocosmo (o céu) e o microcosmo (a vida terrena) refletem-se mutuamente, numa dança eterna de espelhos simbólicos. Essa visão também se aplica à cartomancia, onde as cartas tiradas num determinado momento carregam a vibração energética desse instante, tornando-se, portanto, as mais adequadas para responder à questão formulada. Cartomancia: O Universo nas CartasQuando embaralhamos e tiramos cartas, à primeira vista, parece um ato aleatório. No entanto, dentro da visão esotérica e hermética, não existe acaso. A máxima da Tabula Smaragdina, atribuída a Hermes Trismegisto, reforça essa ideia: "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima". Ou seja, o todo contém as partes, e as partes contêm o todo. Assim, ao lançar as cartas, estamos a dialogar com as correntes invisíveis que permeiam o universo, e a combinação obtida será aquela que melhor traduz, simbolicamente, a questão colocada. Livre-Arbítrio e o Papel do CartomanteMas e o livre-arbítrio? Permanece, pois cada símbolo carrega múltiplos níveis de interpretação. A carta, por si só, não é uma sentença, mas um espelho que convida à reflexão. Cabe ao cartomante, utilizando a sua sensibilidade e intuição, captar o nível de leitura mais adequado para o consulente naquele momento. Essa é uma arte que se distancia da ciência exata, navegando pelas águas subtis do simbólico e do sensitivo. Chaves Invisíveis da LeituraAlém da sincronicidade, outros conceitos ajudam a compreender a cartomancia. Jung propôs o inconsciente coletivo, um reservatório universal de arquétipos e memórias ancestrais (o akasha, segundo tradições orientais), ao qual o cartomante pode ter acesso durante uma leitura. Além disso, há quem acredite que, numa consulta, se estabelece uma ponte telepática entre o consulente e o cartomante. As cartas, nesse caso, funcionam como portais que estimulam o hemisfério direito do cérebro, onde habitam a intuição, os dons sensoriais e a conexão com o invisível. Uma Janela para o Presente, o Futuro e o AutoconhecimentoSeja a indicar caminhos, desvendar consequências de escolhas atuais, ou a oferecer pistas sobre o futuro, a cartomancia também atua como uma ferramenta poderosa de autoconhecimento. Ajuda-nos a decifrar padrões internos, entender a dinâmica dos nossos relacionamentos e, sobretudo, a alinhar-nos com a grande harmonia do universo. Assim como a astrologia, a cartomancia é uma linguagem simbólica que nos relembra que tudo está interligado. E que, a cada instante, o universo sussurra respostas para quem souber ouvir. Cartomancia e astrologia são linguagens simbólicas que nos recordam que nunca estamos sós nas nossas dúvidas. Marque uma consulta de cartomancia e descubra as respostas que o universo tem reservadas para si. |
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